Para os estudiosos do tema “sociedade”, as gerações das pessoas que nasceram depois da II Grande Guerra Mundial, foram batizadas como: Baby Boomers (ou, em uma tradução livre: “explosão de bebes”) que nasceram nos anos 40 e 50 e ficaram conhecidos pelo lema: ‘Paz, amor e sexo livre’. Depois veio a Geração X, dos que nasceram nos anos 60 e 70 e foi uma geração extremamente competitiva onde o trabalho fez parte da vida desta geração e onde se sentiam úteis, com a oportunidade de produzir e de se relacionar com outras pessoas. Em seguida a Geração Y, dos nascidos a partir da década de 80, acostumados a não reverenciar hierarquias e ligados à alta tecnologia, eles buscam o crescimento cultural, intelectual, social e querem unir trabalho com prazer. Os profissionais dessa geração nasceram vivendo em ação, estimulados por múltiplas tarefas e atividades.
Mas vamos focar da geração que perdeu a vez, a contemporânea e atualíssima Geração Z, das pessoas nascidas em meados dos anos 90 e são conhecidas por serem nativos digitais, sendo muito familiarizados com a tecnologia e redes sociais como YouTube, Google, Facebook, Instagran, Celulares, Tablet´s, ou seja, são uma realidade conectada à Internet, longe das cognitividades e de valores familiares, como o estudar para obter conhecimento e qualificação ou sentar-se à mesa e conversar com os pais ou com os irmãos. Também não são tão expressivos quanto aos Emocions do Whatsapp´s.
Esta Geração Z é formada pelos estão saindo ou que ainda não saíram da escola e ainda não decidiram a profissão a ser exercida no futuro.
A Geração Z também se destaca por sua excentricidade e por querer tudo para agora e sem paciência com os mais velhos, mesmo que estes “mais velhos” sejam jovens-adultos da Geração Y.
Este tipo de atitude sugere que tais jovens terão sérios problemas no mercado de trabalho, logo quando serão exigidas habilidades de convivência na sociedade.
Não se identifica na Geração Z a coletividade, o respeito, a tolerância e tão pouco o interesse na busca de conhecimento ou da construção de alguma realmente significava para melhoraria da vida.
Os jovens da Geração Z estão vazios nestes conteúdos, provavelmente porque estão sujeitos à vida única na sociedade virtual individualista.
Uma geração inteira das pessoas que perderam a oportunidade de melhorar o mundo!
Se buscarmos nas gerações anteriores, desde a Baby Boomers, encontraremos milhares de coisas realizadas em suas épocas, como inovações, desenvolvimentos tecnológicos, melhoria e proteção ao meio ambiente, respeito às mulheres, aos idosos, às classes sócias e étnicas.
Milhares de fantásticas contribuições construídas por gerações anteriores e disponibilizadas aqui para o usufruto das então “futuras gerações”.
E que vemos hoje na Geração “Z”?
Vemos jovens que acreditam piamente que fazer um trabalho para a escola sobre um assunto, é o mesmo que dar Control C e Control V no primeiro arquivo disponível no resultado da pesquisa no Google.
Hoje, vemos uma geração em que os jovens acreditam que, para “se formar”, basta passar pela escola sem qualquer necessidade de aprender e apreender, mesmo porque, pesquisas comprovam que a sociedade não os cobra por resultados ou os penaliza com reprovação, culpa da medíocre proposta política de apresentar um índice de quantidade de alunos que completam o ciclo inicial, em desprezo ao índice de qualidade em que, por exemplo, estes alunos, ao final, não conseguem ler e compreender um único texto (mesmo que este texto esteja no Google).
Não entenda você, caro leitor, que estamos aqui enaltecendo a minha geração (ela é a Geração X) em detrimento à geração atual (Z) que talvez seja a sua, mas precisaríamos externar a decepção de um profissional e também educador, que apostou muito e irá receber quase nada.
Uma geração que teve às suas mãos o auge da tecnologia e da possibilidade do conhecimento em tempo real, diferente que a geração anterior, já que as informações chegavam aos olhos meses depois e em formatos de livros ou disquetes e hoje as tem disponíveis em milésimos de segundos, e vindas do mundo todo.
Uma geração que teve às suas mãos professores, mestres, doutores capacitados e qualificados, dispostos a ofertar a troca do conhecimento, não poderia estar assim.
Uma geração que teve à suas mãos a chance de conhecer os sábios, os idosos, os estudiosos da geração anterior, não poderia oferecer o desprezo atual.
É realmente uma pena vermos uma geração toda desprezar tudo isso que construímos sem um mínimo de possibilidade de, ao menos, saber do que se trata.
O pior ainda é sabermos que esta geração descontruiu tanta coisa, que nem mesmo as gerações Z², W, ou sabe-se lá o nome que darão, terão oportunidade de recuperar.
Não dá para confiarmos no sucesso desta geração mas esperamos que nossos descendentes tenham uma melhor sorte.
Perdemos a chance...mais uma vez!
Luciano Malpelli
Administrador, educador, consultor empresarial e gestor social.
http://lucianomalpelli.blogspot.com.br
29/Julho/2016